segunda-feira, 18 de junho de 2012

Poema ultrarromântico

Reflexão sobre a morte

Se eu morrer amanhã
O que pode acontecer?
Se eu ficar
Como pode piorar?

Essa é a pergunta
Que ninguém pode responder
Porque até agora ninguém voltou
Depois de falecer

Não tenho medo de morrer
A morte é uma amiga
Quem vem a socorrer
Aqueles que estão a sofrer
Mas eu queria saber
O que vai acontecer
     
                      Isabela Borges Nogueira

domingo, 17 de junho de 2012

Outros poetas românticos brasileiros


    Amor e Medo
    Quando eu te vejo e me desvio cauto
    Da luz de fogo que te cerca, ó bela,
    Contigo dizes, suspirando amores:
    — "Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!"

    Como te enganas! meu amor, é chama
    Que se alimenta no voraz segredo,
    E se te fujo é que te adoro louco...
    És bela — eu moço; tens amor, eu — medo...

    Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
    Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes.
    Das folhas secas, do chorar das fontes,
    Das horas longas a correr velozes.

    O véu da noite me atormenta em dores
    A luz da aurora me enternece os seios,
    E ao vento fresco do cair das tardes,
    Eu me estremece de cruéis receios.

    É que esse vento que na várzea — ao longe,
    Do colmo o fumo caprichoso ondeia,
    Soprando um dia tornaria incêndio
    A chama viva que teu riso ateia!

    Ai! se abrasado crepitasse o cedro,
    Cedendo ao raio que a tormenta envia:
    Diz: — que seria da plantinha humilde,
    Que à sombra dela tão feliz crescia?

    A labareda que se enrosca ao tronco
    Torrara a planta qual queimara o galho
    E a pobre nunca reviver pudera.
    Chovesse embora paternal orvalho!

    Ai! se te visse no calor da sesta,
    A mão tremente no calor das tuas,
    Amarrotado o teu vestido branco,
    Soltos cabelos nas espáduas nuas! ...

    Ai! se eu te visse, Madalena pura,
    Sobre o veludo reclinada a meio,
    Olhos cerrados na volúpia doce,
    Os braços frouxos — palpitante o seio!...

    Ai! se eu te visse em languidez sublime,
    Na face as rosas virginais do pejo,
    Trêmula a fala, a protestar baixinho...
    Vermelha a boca, soluçando um beijo!...

    Diz: — que seria da pureza de anjo,
    Das vestes alvas, do candor das asas?
    Tu te queimaras, a pisar descalça,
    Criança louca — sobre um chão de brasas!

    No fogo vivo eu me abrasara inteiro!
    Ébrio e sedento na fugaz vertigem,
    Vil, machucara com meu dedo impuro
    As pobres flores da grinalda virgem!

    Vampiro infame, eu sorveria em beijos
    Toda a inocência que teu lábio encerra,
    E tu serias no lascivo abraço,
    Anjo enlodado nos pauis da terra.

    Depois... desperta no febril delírio,
    — Olhos pisados — como um vão lamento,
    Tu perguntaras: que é da minha coroa?...
    Eu te diria: desfolhou-a o vento!...

    Oh! não me chames coração de gelo!
    Bem vês: traí-me no fatal segredo.
    Se de ti fujo é que te adoro e muito!
    És bela — eu moço; tens amor, eu — medo!...

                                                                              Casimiro de Abreu 

Morte (Hora de Delírio)
Pensamento gentil de paz eterna
Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dous fantasmas que a existência formam,
— Dessa alma vã e desse corpo enfermo.

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das moções da vida,
do prazer que nos custa a dor passada.

Pensamento gentil de paz eterna
Amiga morte, vem. Tu és apenas
A visão mais real das que nos cercam,
Que nos extingues as visões terrenas.

Nunca temi tua destra,
Não vou o vulgo profano;
Nunca pensei que teu braço
Brande um punhal sobr'humano.

Nunca julguei-te em meus sonhos
Um esqueleto mirrado;
Nunca dei-te, pra voares,
Terrível ginete alado.

Nunca te dei uma foice
Dura, fina e recurvada;
Nunca chamei-te inimiga,
Ímpia, cruel, ou culpada.

Amei-te sempre: — pertencer-te quero
Para sempre também, amiga morte.
Quero o chão, quero a terra, - esse elemento
Que não se sente dos vaivens da sorte.

Para tua hecatombe de um segundo
Não falta alguém? — Preencha-a comigo:
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.

Miríades de vermes lá me esperam
Para nascer de meu fermento ainda,
Para nutrir-se de meu suco impuro,
Talvez me espera uma plantinha linda.

Vermes que sobre podridões refervem,
Plantinha que a raiz meus ossos fera,
Em vós minha alma e sentimento e corpo
Irão em partes agregar-se à terra.

E depois nada mais. Já não há tempo,
nem vida, nem sentir, nem dor, nem gosto.
Agora o nada — esse real tão belo
Só nas terrenas vísceras deposto.

Facho que a morte ao lumiar apaga,
Foi essa alma fatal que nos aterra.
Consciência, razão, que nos afligem,
Deram em nada ao baquear em terra.

Única idéia mais real dos homens,
Morte feliz — eu quero-te comigo,
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.

Também desta vida à campa
Não transporto uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.

E como um autômato infante
Que ainda não sabe mentir,
Ao pé da morte querida
Hei de insensato sorrir.

Por minha face sinistra
Meu pranto não correrá.
Em meus olhos moribundos
Terrores ninguém lerá.

Não achei na terra amores
Que merecessem os meus.
Não tenho um ente no mundo
A quem diga o meu - adeus.

Não posso da vida à campa
Transportar uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.

Por isso, ó morte, eu amo-te e não temo:
Por isso, ó morte, eu quero-te comigo.
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.
Junqueira Freire







Amor e Vinho 


 Cantemos o amor e o vinho,
As mulheres, o prazer;
A vida é sonho ligeiro
Gozemos até morrer
Tim, tim, tim
Gozemos até morrer

A ventura nessa vida
É sonho que pouco dura
Tudo fenece no mundo,
Na louça da sepultura
Tim, tim, tim
Na louça da sepultura
Não sou desses gênios duros,
Inimigos do prazer,
Que julgam que a humanidade
Só nasceu para morrer
Tim, tim, tim
Só nasceu para morrer
Fagundes Varela




Por Isabela Borges

texto humorístico e texto satírico

      O texto humorístico tem como objetivo entreter ou descontrair. Mas também há aqueles que remetem ao nosso conhecimento para fazer-nos pensar em temas do cotidiano, alguns exemplos de texto humorístico são: a anedota, a piada, o cartum e a charge.  Já a sátira é um recurso literário no qual o humor (na verdade, a ridicularização) é usado como ferramenta para tentar impedir ou provocar uma mudança. Um autor muito conhecido por suas sátiras foi Gregório de Matos e Guerra.


Esta charge usa de uma fala inteligente para alertar de forma engraçada sobre os problemas acarretados pelo aquecimento global.    











Por Isabela Borges                                                                                                                        

Comparação entre os poemas "O poeta moribundo" e "Lembrança de morrer"

        No poema "Lembrança de morrer",  Álvares de Azevedo trata da morte mas ele se dirige aos seus parentes e amigos próximos pedindo para que eles não chorem quando ele morrer e que eles não deixem de se divertir quando ele se for. Além disso ele fala sobre as coisas que ele vai sentir falta. Já no poema"O poeta moribundo" o eu-lírico mostra sua incerteza diante da sua morte, este poema também contém humor ("O aroma dos currais, o bezerrinho").


Por isabela Borges

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Produção de poemas com características românticas-Lembranças de uma vida que parou

LEMBRANÇAS DE UMA VIDA QUE PAROU-Joana

Ainda escuto teus murmúrios aos meus ouvidos
Ainda sinto teus pés ao chão
Por que tu foste banido?
E tuas memórias ficaram em meio ao vão

A saudade me afeta
A solidão me encontrou
Os chamados que te fiz você não me retornou

Lembranças não me faltam
Lágimas vieram ao meu rosto
Tudo me que sobrou foi um mero esboço
De uma vida que parou

No caso o Eu Lírico (eu) sofre uma imensa saudade pela pessoa a qual amava e acabou por morrer.

Por Lívia e Joana

Poesias em comum com as de Alvares de Azevedo

Muitos poetas brasileiros fizem poesias muito semelhantes as de Alvares de Azevedo entre estas podemos destacar:

IDEAL- Fagundes Varela

Ideal
Não és tu quem eu amo, não és!
Nem Teresa também, nem Ciprina;
Nem Mercedes a loira, nem mesmo
A travessa e gentil Valentina.

Quem eu amo te digo, está longe;
Lá nas terras do império chinês,
Num palácio de louça vermelha
Sobre um trono de azul japonês.

Tem a cútis mais fina e brilhante
Que as bandejas de cobre luzido;
Uns olhinhos de amêndoa, voltados,
Um nariz pequenino e torcido.

Tem uns pés... oh! que pés, Santo Deus!
Mais mimosos que uns pés de criança,
Uma trança de seda e tão longa
Que a barriga das pernas alcança.

Não és tu quem eu amo, nem Laura,
Nem Mercedes, nem Lúcia, já vês;
A mulher que minh'alma idolatra
É princesa do império chinês.

DESEJO-Casimiro de Abreu



Se eu soubesse que no mundo
Existia um coração,
Que só' por mim palpitasse
De amor em terna expansão;
Do peito calara as mágoas,
Bem feliz eu era então!

Se essa mulher fosse linda
Como os anjos lindos são,
Se tivesse quinze anos,
Se fosse rosa em botão,
Se inda brincasse inocente
Descuidosa no gazão;

Se tivesse a tez morena,
Os olhos com expressão,
Negros, negros, que matassem,
Que morressem de paixão,
Impondo sempre tiranos
Um jugo de sedução;

Se as tranças fossem escuras,
Lá castanhas é que não,
E que caíssem formosas
Ao sopro da viração,
Sobre uns ombros torneados,
Em amável confusão;

Se a fronte pura e serena
Brilhasse d'inspiração,
Se o tronco fosse flexível
Como a rama do chorão,
Se tivesse os lábios rubros,
Pé pequeno e linda mão;

Se a voz fosse harmoniosa
Como d'harpa a vibração,
Suave como a da rola
Que geme na solidão,
Apaixonada e sentida
Como do bardo a canção;

E se o peito lhe ondulasse
Em suave ondulação,
Ocultando em brancas vestes
Na mais branda comoção
Tesouros de seios virgens,
Dois pomos de tentação;

E se essa mulher formosa
Que me aparece em visão,
Possuísse uma alma ardente,
Fosse de amor um vulcão;
Por ela tudo daria...
— A vida, o céu, a razão!


TEMOR-Junqueira Freire

Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre,
Aproxima-se mais à essência etérea.
 
Achou pequeno o cérebro que o tinha: 
Suas idéias não cabiam nele;
Seu corpo é que lutou contra sua alma,
E nessa luta foi vencido aquele.
 
Foi uma repulsão de dois contrários;
Foi um duelo, na verdade insano:
Foi um choque de agentes poderosos:
Foi o divino a combater com o humano.
 
Agora está mais livre. Algum atilho
Soltou-se-lhe do nó da inteligência;
Quebrou-se o anel dessa prisão de carne,
Entrou agora em sua própria essência.
 
Agora é mais espírito que corpo:
Agora é mais um ente lá de cima;
É mais, é mais que um homem vão de barro:
É um anjo de Deus, que Deus anima.
 
Agora, sim - o espírito mais livre
Pode subir às regiões supernas:
Pode, ao descer, anunciar aos homens
As palavras de Deus, também eternas.
 
E vós, almas terrenas, que a matéria
Ou sufocou ou reduziu a pouco,
Não lhe entendeis, por isso, as frases santas,
E zombando o chamais, portanto: - um louco!
 
Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria. 
Pensa melhor que vós, pensa mais livre,
aproxima-se mais à essência etérea.

Por Joana e Livia

terça-feira, 12 de junho de 2012

A musica popular romântica de hoje

a)
http://www.vagalume.com.br/maroon-5/payphone-feat-wiz-khalifa-traducao.html

http://www.vagalume.com.br/adele/set-fire-to-the-rain-traducao.html

http://www.vagalume.com.br/one-direction/one-thing.html

http://www.vagalume.com.br/taylor-swift/love-story.html

b)
semelhanças:Os textos românticos e as canções tem em comum contar uma historia ou um fato romântico acontecido.
diferenças: Já a diferença é que os textos românticos não são escritos em prosa, são escritos em narrativa, já as canções são rimadas como as poesias.


Por: Livia e Joana